segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

E Eis que tal como Jesus...

... o Gato ressuscitou ao 3º dia (não para salvar a humanidade, mas simplesmente para destruir a sanidade mental daqueles que por esta blogosfera passeiam, alheios aos perigos do meu vernáculo...)

Não fui crucificado (ainda), morto muito menos (já tentaram, com resultados nulos) e sim, já desci à mansão dos mortos (embora pessoalmente, prefira a da Playboy... Mas os restantes 3 Cavaleiros do Apocalipse estavam em formação com o Joaquim Bastinhas nas instalações e lá tive eu de comparecer...)

Bem, falando de coisas sérias (sim, porque este é um blog de respeito que teima em faltar ao respeito a uma série de assuntos que não merecem respeito algum... Confusos? Eu também...) eis que hoje me apetece abordar um tópico que me é extremamente querido... Não não é a equipa do "Querido, Mudei a Casa" mas sim o maus gosto que os tugas continuam a mostrar no que diz respeito a automóveis, principalmente em equipar automóveis do tempo do Henry Ford com a mais moderna tecnologia....

Um pequeno exemplo... Hoje cruzei-me com um carro que julgava já ter sido reciclado para fazer parafusos pós cirúrgicos... Um Citróen AX!!!

ESPECTÁCULO!!!

Há que dar mérito, porque carros destes na estrada a andar sem auxílio de uma ladeira são tão raros como ver o Monstro do Loch Ness num Macdrive... Aquilo que me chamou verdadeiramente a atenção foi ver um carro da década de 80 com um escape de rendimento com uma largura maior que os dois pneus de trás juntos... Isso, já não falando da nuvem negra que largava à sua passagem, o que me fez chegar à conclusão que o condutor era um homem consciente dos benefícios para o meio ambiente de conduzir um carro sem uma pinga de óleo no motor... Já o risco de o ver na berma 2 kms à frente com o capot a arder porque o motor entretanto explodiu, isso já é outra conversa...

Para além do magnífico escape de rendimento, outra coisa maravilhosa que o homem decidiu instalar no carro foi um aileron cuja extensão era maior que o carro em si...

Primeiro, devo dizer que foi o primeiro AX que vi com tal coisa... Segundo, que duvido que o nosso espaço aéreo esteja preparado para ver um dia destes este carro a descolar do Aeródromo de Tires... Terceiro, que duvido que o condutor tenha brevet e que o máximo que ele talvez consiga é voar de encontro a um pinhal se continuar a armar-se em carapau de corrida como o fez hoje...

Uma amiga utilizou uma expressão que acho que assenta que nem uma luva para estes carros que passeiam nas nossas estradas... Revivalismo Pós Moderno...

Traduzindo isto por miúdos, significa mau gosto levado ao extremo... OU então, são as drogas que eram muita boas...

Eu explico... Mau gosto é ter um carro a cair de podre e instalar acessórios de última geração... Porquê? Porque eventualmente só o cagaçal do escape de rendimento é o suficiente para desintegrar o carro e mandá-lo direitinho para a quinta das tabuletas... As drogas serem boas? Basicamente, é ter uma dúzia de acessórios que custaram uma pipa de massa e em vez de comprar um carro como deve ser vai-se comprar um em 17ª mão na feira da ladra... Problemas? Provavelmente, o carro deve vir tipo puzzle de 5000 peças... E se não vier, é garantido que ao dar à chave o gajo desintegra-se logo ali... Isto se ainda tiver sítio onde colocar a chave...

Isto do revivalismo, deu-me que pensar... Adoraria ver um Ford Cortina (o único carro capaz de ir de encontro a uma fachada dum prédio em Vialonga e o impacto sentir-se no Cartaxo...) comercial com um cortinado de casa de banho em vez da grelha tradicional... Não só tornava o habitáculo bastante mais colorido (isto se for uma daquelas cortinas com patinhos ou padrões psicadélicos) como era uma enorme aventura conduzir um tanque daqueles ser ter o retrovisor para manobrar o bicho...

Depois, lembrei-me dos carros amigos da matemática...

Eu ainda sou do tempo em que os carros eram os meus melhores amigos nessa disciplina (o que pode talvez explicar tão má performance na dita...)...A Renaut foi a pioneira...

Começaram pelo 4, depois o 5, avançaram para o 7, depois o 9, o 11, o 12, 15, o 18, o 21 e o 25...

Conclusões?

Os tipos da Renault nunca tiveram uma tabuada do Ratinho (serei eu o único espécime humano que tive esse maldito livro com um rato sorridente na capa? Digam-me que não, please...)É que assim de repente, dou por falta duns quantos números...

Claro, uns bons anos depois, veio a Peugeot lixar o pessoal em idade escolar...Se os números de dois dígitos já eram lixados, estes artistas levaram a coisa para as centenas... Foi o 106, o 206, 307, o 406... E pouco tempo atrás, tiveram a brilhante ideia do 1007...

Porra!!! Mas esta malta não percebe que a matemática já é complicada o suficiente sem eles a ajudarem???

É que as lacunas numéricas são mais que muitas...

É por isso que eu gosto dos Audis...

A2, A3, A4, A5, A6 e A8...

Ah, e o Q7...

Estes pelo menos são os mais certinhos...

Obrigado Audi, por me mostrarem que a matemática pode ser divertida (e no vosso caso, de alto rendimento, com consumos de 6l/100, linhas bonitas, faróis xénon, interiores em pele and so on and so on...)...

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